Em 02 de março de 1996, o grupo mais irreverente do cenário musical brasileiro dos anos 90 nos deixava. Dinho, Júlio, Bento, Samuel e Sérgio se foram e deixaram uma lacuna que nunca foi preenchida. Nem no coração dos fãs, nem no meio musical. Atenção Creuzebeck: bora relembrar um pouco desse grupo massa que deixou saudades. Ao toque de quatro já vai…

Em 2016 fez exatamente 20 anos que um trágico acidente aéreo levou embora os cinco músicos mais malucos e engraçados que o Brasil já teve. E, claro que não poderia deixar passar em branco essa data, né? Pois apesar de triste, faz a gente relembrar as músicas com as letras mais escrachadas ever.
A banda, que se orgulhava muito de ter saído Guarulhos, tocava diversos gêneros musicais: rock cômico, brega, forró, pop… Eles não tinham limites! E era uma mistureba muitcho loca que deu certo pra caralho. Foram apenas 7 meses como Mamonas Assassinas e foi um sucesso metórico. Apenas um disco de estúdio lançado e mais de 3 milhões de cópias vendida no Brasil.
Pra quem não sabe, antes a banda chamava Utopia e vendeu apenas 100 cópias das 1000 do disco A Fórmula do Fenômeno. Quando a banda virou Mamonas Assassinas, eles só tinham 3 músicas: “Pelados em Santos”, “Robocop Gay” e “Jumento Celestino”. E tiveram apenas uma semana para compor mais 12 músicas. O disco foi lançado em junho de 95 e já tinha estourado no dia seguinte. A partir daí foram meses intensos de shows e apresentações em programas como Jô Soares Onze Meia, Domingo Legal, Programa Livre, Domingão do Faustão e Xuxa Park.
Na época do estouro deles, pedi pra minha mãe comprar uma fita K7 dos Mamonas pra mim. Eu lembro até hoje da capinha com a brasília amarela estampada. Eu amava Pelados em Santos, claro. Mas eu ria mesmo era da coitada da Maria que chegava toda estrupiada da suruba que o Manoel deveria ter ido. Eu nem manjava o que era suruba, mas achava aquele sotaque português deles muito engraçado. E o lance dos “cachorros comem a própria mãe, suas irmãs e suas tias”? Só depois que cresci que me toquei disso. A gente cantava junto aquelas letras cheias de duplo sentido na maior inocência e poxa, era bom demais.

O trágico acidente que levou embora os jovens e promissores cantores deixou muita gente abalada. O enterro foi acompanhado por mais de 65 mil pessoas e na televisão os programas eram interrompidos constantemente para dar notícias sobre eles. Foi triste como a morte de qualquer celebridade no auge do sucesso. E as vezes me pergunto o quanto mais os Mamonas Assassinas estariam no topo se não tivessem ido tão cedo. Nunca saberemos, mas o fato é que para minha geração, foi uma perda irreparável. De verdade. Como disse a mãe do Dinho em entrevista recente sobre a falta que faziam: “Eles vieram trazer alegria e a gente teve que aprender a conviver com isso”.
É bem assim, os bons (e legais) morrem jovens. Pra quem ficou com saudade de cantar trechos como “Você me deixa doidião”, “De quem é esse jegue?” ou “Sabão crá-crá, sabão crá-crá Não deixa os cabelos do saco enrolar”, fica a dica da playlist que o Spotify criou para homenagear a banda.