Feche os olhos! Ah, é verdade, se você fechar não poderá ler. Então, imagine algo que você coloque na boca e imediatamente lhe provoque uma sensação de bem estar, capaz de descarregar a tensão emocional do estresse de um dia inteiro. Algo tão saboroso que caia na corrente sanguínea e provoque um turbilhão de sensações que remontem a infância e te faça lembrar de momentos suaves e gratificantes. Algo tão macio e harmonicamente doce, que dá vontade de comer escondidinho, fazendo carinha de satisfação, como se sua boca estivesse dando uma festa. Sim, só podemos estar falando de chocolate.
De origem pré-colombiana, o chocolate tal como consumimos hoje é resultado de sucessivos aprimoramentos, principalmente na Europa, onde os primeiros mestres chocolateiros passaram a adoçar e misturar especiarias ao cacau para torná-lo um dos produtos mais deliciosos no consenso coletivo.
Produzido em quase todos os lugares do mundo e consumido em todos, é na Suíça que o rei dos sabores ganha status de prestígio.
Mestres dessa deliciosa invenção, os suíços o popularizaram como sua marca registrada por volta do século XVII. Segundo degustadores ouvidos pela revista VEJA, o sabor dos chocolates suíços, como Toblerone e o Lindt combinam uma composição irresistível, algo realmente pensado para ativar todos os sentidos.
Tanto o formato quanto a embalagem, também são minuciosamente adaptados excepcionalmente para tornar o chocolate suíço uma marca conhecida, difundindo prestígio no segmento. Grãos puros misturados com frutas, licores e o cacau mais nobre, promovem uma indescritível suavidade de características finas preparadas para derreterem na boca e despertar as melhores experiências a quem prova.
Seja lá qual for a consistência, sempre há um sabor para cada preferência! Não é a toa que o produto é responsável por desencadear serotonina, a enzima da alegria em cada mastigação.
O segredo dos maiores fabricantes de chocolates do mundo está na escolha dos melhores grãos de cacau, que corresponde a 70% da massa. E é justamente na seleção dos melhores grãos, na criatividade e na combinação minuciosa de ingredientes, que o chocolate suíço carrega a pompa de mestre dos chocolates.
Segundo a Wikipédia, o mercado do produto na Suíça produziu algo como 148.270 toneladas de chocolate e arrecadou em 2004, nada menos que 1.365 milhões de francos, correspondentes à 814 milhões de euros do mercado local, 551 milhões de euros em exportações, sendo que a população local, possui maior consumo per capita de chocolate (11.6 kg per capita por ano).
E já notou que só de olhar pra ele já nos sentimos melhor? A imagem do chocolate, desde o inicio dos tempos, sempre esteve associada à burguesia, ao poder econômico, desejo, sedução, justamente pelo equilíbrio perfeito das sensações que provoca.
Para os viciados em chocolate – os “chocólatras” como são chamados – não há limites de inventar formas para o consumo, vão desde os tradicionais expostos nas gôndolas de qualquer mercado, como sólido em barrinhas, bombons, líquido, como pó para o achocolatado, até os ovos de páscoa e os deliciosos bolos de chocolate.
E para mais da metade da população, sobretudo a parcela feminina, o prazer de degustar um simples chocolate é algo tão bom, ‘mas tão bom’, que se equipara – e em algumas vezes e até supera – a sensação de um orgasmo. Ah, acha que não? Então pergunte para suas amigas mais sinceras, o que é melhor, sexo ou chocolate?
Mas se você não tem planos de viajar pra Suíça tão cedo, saiba que no Brasil diversas fábricas tentam reproduzir a sinfonia do chocolate suíço, como o descendente de suíços na Bahia, Hans Schaeppi, criador da primeira fábrica de chocolate do Nordeste brasileiro a produzir receitas tradicionais do país dos Alpes, numa construção cheia de estilo, imitando um chalé suíço.
Então, se você é daquelas pessoas que salivou a beça lendo este artigo, não deixe pra depois – uma mordidinha discreta não faz mal nenhum – aliás, está comprovado que só traz bem estar e até combate o estresse, evita o envelhecimento precoce pelo combate aos radicais livres o saldo é muita alegria. Mas atenção, eu disse uma mordidinha! Eu sei, eu sei, é difícil parar.
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