Vai, busca a beleza que tens dentro de ti. Esquece, esquece as mágoas que te fizeram sentir, que marcaram o que és, que te formaram ou deformaram. Deixa, deixa que passe o que não se ultrapassa apenas com um sorriso ou com uma palavra, mesmo que seja a mais doce, a mais carinhosa.
Afoga, afoga a tristeza num copo de vinho, num licor de gargalhadas, num cocktail de emoções descontroladas, sem freio, como cavalos selvagens livres num prado de um planalto rodeado de ribanceira escarpadas. Corre, corre em direção ao vento, quando este tem direção e se não tiver, sê tu o guia, a sua força, a sua liberdade.
Deixa, deixa que as ondas do teu mar revolto transbordem para fora te ti e inunde o mar salgado, para regressarem em paz e te refresquem devolvendo-te o teu vigor. Transvasa, transvasa tudo o que queres gritar em forma de imã de toda a força que te ressuscita. Irrompe, irrompe desse fundo tão profundo em que germinas a tua cor, o teu brilho, o teu calor carregado de amor, iluminado Amor.
Que aguardem, que aguardem os impuros de alma suja, de coração voluntariamente empedernido, pela tua luminosa aparição. És a fênix, outrora enfraquecida, na promessa de mudar o mundo, na promessa de ressurgir mais forte do que nunca das cinzas misturadas com o mundo. És e sempre foste o que está escondido e prometido, o maravilhoso que é sagrado, atrás dessa dor recolhido, mas com novo esplendor será emergido, da terra e do inesperado brotará.
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Ana Luísa Neves, Portuguesa, Psicopedagoga. Trabalhei na Informação Médica, mas agora integro, com muito prazer, dois projectos relacionados com a saúde e geriatria. Tenho paixão pela música, pela leitura e escrita, ou não fosse eu uma mulher de longas paixões. A amizade tem um valor incalculável, o que contribui para o meu lema: Fazer o bem, faz e faz-me bem! Seu blog pessoal é o Coisas da Vida e o twitter @analuisanesi.
