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Meu Pai, Meu Herói

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Esperem. Será que é o Homem Aranha, o Superman ou quem sabe o Capitão América? Não. Ele não é a Pantera Cor de Rosa, mas resolvi qualquer mistério. Não é o Professor Pardal, mas inventa cada coisa mirabolante. Não é o Zorro, mas resolvi qualquer parada. Não é o Sr. Bugiganga, mas é um marceneiro de mão cheia. Desenha, pinta, lixa, concerta e recicla móveis com a sua maleta multiuso.

Sr. Incrível, personagem do filme de animação Os Incríveis
Sr. Incrível, personagem do filme de animação Os Incríveis. © Pixar Animation Studios

Estou aqui, sentado em frente ao computador, dedilhando algumas palavras que possam expressar um pouco do que sinto por um homem a quem chamo de pai. Algo que possa homenageá-lo e que possa ser estendido a todos os pais do Brasil e do mundo. Eu o conheço desde que me entendo por gente. Ele me carregou no colo quando criança, me levou a escola, me ensinou tantas coisas – a ter caráter, a ser humilde, a ser um batalhador e nunca desistir dos meus sonhos. Aprendi tudo isso porque ele sempre foi assim: um homem de caráter, humilde, batalhador e que nunca desistia dos seus sonhos.

Meu pai trabalhou de sol a sol desde pequeno para ajudar seus pais e construir sua vida. Foi bancário, gerente, administrador, comerciante e empresário. Se casou com uma linda mulher, teve filhos, virou babão, trocou fraldas, deu banho nos pequenos e até limpou aquela famosa “caca”. Nunca teve diploma em Faculdade, mas foi o melhor dos professores. É diplomado na arte da vida e a sua determinação o fez adquirir habilidades de um verdadeiro Super Herói. Com muito amor e dedicação conseguiu criar e educar seus três filhos. Brincou, deu broncas e ensinou-os a desenvolver um dom. O resultado? Cada um deles herdou um de seus super poderes.

O primeiro herdou a super habilidade de concertar as coisas, virou uma espécie de Professor Pardal. O mais novo parece o Bronquinha, aquele personagem que era o técnico irritado dos Ursinhos Gummi. E quando ele toma o suco Gummi sai por ai jogando futebol. Já o seu filho do meio era um pouco diferente e ao mesmo tempo especial (esse que voz escreve). Ele tremia ao engatinhar, mas o toque das suas mãos energizava as pessoas. Depois não conseguiu mais andar, porém desenvolveu uma estranha habilidade de ler pensamentos. E junto com essa mulher, a quem chamo de mãe, ele superou os limites da razão para criar as condições necessárias e fazer de seus filhos homens dignos.

Na verdade, desconfio que ele era mesmo um dos integrantes daquela banda de rock, Os Impossíveis. Formada por três rapazes que estavam sempre fazendo shows pelo mundo e combatendo o crime nas horas vagas… Será que ele era o Homem-Mola, o Multi-Homem, ou quem sabe o Homem-Fluido? Não sei. Mas ainda vejo um “M” gravado em sua maleta multiuso. Quem sabe ele era o Multi-Homem, que dizia para o vilão: “Você pegou todos, menos o original”. Tsc-Tsc! O pior não é nada, as vezes escuto ele cantando no chuveiro e no fim ele solta o grito de guerra: “E lá vamos nós, e não vamos sós!”

Caramba esse homem existe mesmo? Existe sim, ele é meu PAI e também meu HERÓI. Ele está em mim e estará em meus filhos. É um orgulho imenso chamá-lo de PAI, e ter esse privilégio só engrandece a minha alma. TE AMO! Meu PAI, Meu HERÓI!

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Edvando JuniorEdvando Junior é cadeirante, cidadão, designer gráfico, apaixonado por projetos de sustentabilidade e tudo que diz respeito a preservação da natureza. Fundador do site Ativar Sentidos e idealizador do projeto social Esquadrão da Paz. Atualmente estou viajando no mundo das palavras, nessa gratificante sensação de exprimir sentimentos para ativar os sentidos. @edvandojr