Não é pau, nem pedra e muito menos o fim do caminho. É um pouco de muito e nada sozinho, é o som da balada que ensina o caminho, é o resto de tudo e do tudo, o início.

É a dança que dança enquanto caminha, ao som do teu jazz, ao som da minha vida. É a dança que balança na dança da tua dança, é a onda do mar que não vagueia sozinha. É tanto que quero e tudo que amo, é nada em certo e nada de abandono. É de deixa ser, é e deixa de ser, na confusão das palavras sem sentido, para quem sentido não quer nas palavras.
Não é pau, nem pedra, nem o fim do caminho, é o início do todo e do nada sozinho. É a dança que balança na ponta da lança que acerta o peito, deixando-te aberto um caminho.
Caminha até ti, caminha e descobre-me-te no que queres descobrir, entra dentro do teu peito e lá estarei à tua espera de braços abertos para dançar contigo. Dancemos descalços e nus, esqueçamos da nossa carne e das nossas vestes. Vivamos em simbiose, percorramos o mundo livres, como brisas do mar que brincam à beirinha da água salgada da praia, sem medo, culpa ou mágoa.
Vivamos o sentido sem sentido, aos olhos dos vindos do vazio, brindemos e festejemos, que é o beijo ardente que acorda a gente e a põe mais extasiante.
Não é pau, nem pedra, nem o fim de um caminho, é o princípio do todo é a paz a caminho!
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Ana Luísa Neves, Portuguesa, Psicopedagoga. Trabalhei na Informação Médica, mas agora integro, com muito prazer, dois projectos relacionados com a saúde e geriatria. Tenho paixão pela música, pela leitura e escrita, ou não fosse eu uma mulher de longas paixões. A amizade tem um valor incalculável, o que contribui para o meu lema: Fazer o bem, faz e faz-me bem! Seu blog pessoal é o Coisas da Vida e o twitter @analuisanesi.