Então chegou o grande dia do Oscar 2012, e tenho certeza que os cinéfilos de plantão já estão atentos a premiação que rola hoje. Inclusive com suas apostas feitas. E a briga vai ser boa. Andei assistindo alguns dos longas indicados ao grande prêmio e tive surpresas boas e ruins. O Artista, por exemplo, foi uma das boas! Em contrapartida, quem leu minha resenha anterior, já sabe que Os Descendentes me desagradou muito.
Pôster oficial do evento. |
Esse ano, nove longas estão indicados para levar a estatueta de Melhor Filme para casa. São eles: A Invenção de Hugo Cabret, A Árvore da Vida, Cavalo de Guerra (assista o Trailer), Histórias Cruzadas (assista o Trailer), Meia-Noite em Paris, O Artista, O Homem que Mudou o Jogo, Os Descendentes e Tão Forte e Tão Perto. Em parceria com meu revisor particular e cinéfilo de carteirinha, Felipe Rui, trouxe para vocês uma breve resenha dos filmes que assistimos que fazem parte dessa lista.
A Invenção de Hugo Cabret (Hugo)
Ao longo de seus curtos 126 minutos, Hugo (assista o Trailer) encanta, fascina e desperta curiosidade, compaixão e carinho por seus personagens. Sabendo aproveitar o efeito 3D como ninguém tinha conseguido antes, Scorsese ainda conta, de forma minuciosa, a trajetória de Georges Méliès, uma das mais interessantes histórias do cinema.
A Árvore da Vida (The Tree of Life)
Projeto ambicioso do reverenciado Terrence Malick, A Árvore da Vida não é um filme comum. E também não é para todos. Pela forma que o filme é apresentado, é fácil perder tempo pensando “o que isso significa?” quando na verdade é tudo bem mais simples do que parece. A história de Jack (Hunter McCracken/Sean Penn) é vista, quase inteiramente, através de suas memórias, sendo colocada em perspectiva perante aos bilhões de anos da existência do Universo e da vida. Certamente, uma experiência única em um filme, enriquecida por outra ótima atuação de Brad Pitt.
O Artista (The Artist)
Um filme francês, mudo e em preto e branco. E com certeza um clássico instantâneo. O provável ganhador do Oscar desse ano é um filme memorável. Nostalgia e surpresa são os sentimentos que definem assistir a essa obra inesperadíssima em pleno século XXI. Com uma química incrível, Jean Dujardin e Bérénice Bejo, ambos rostos desconhecidos em Hollywood, ainda nos presenteiam com excelentes cenas cômicas, demonstrando timing perfeito para a comédia.
Os Descendentes (The Descendants)
O filme tenta mostrar que até os ricos que vivem em um paraíso têm problemas. O grande problema é conseguir se relacionar com essa ideia. A boa atuação de Clooney (indicado para Melhor Ator) não faz jus à direção arroz com feijão e ao roteiro, que para um filme baseado nas interações pessoais, não traz grandes diálogos nem muitas risadas.
O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball)
Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Billy Beane que, utilizando fórmulas estatísticas avançadas, conseguiu revolucionar a forma de se avaliar o valor e a performance dos jogadores no esporte americano mais tradicional, o Baseball. É quase impossível não se interessar pelo enredo, apesar do ritmo um pouco cadenciado demais em alguns momentos. Com personagens muito bem construídos, o longa possui uma base sólida que é apoiada pela grande atuação de Brad Pitt, indicado para o Oscar de Melhor Ator. Outro destaque foi a ótima participação de Jonah Hill, em seu primeiro papel não-cômico que me recordo, o que lhe rendeu também, uma indicação para Melhor Ator Coadjuvante.
E aí, qual a sua aposta?
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Gabriela Silva, mais conhecida como Petit Gabi é uma paraense que já morou em algumas cidades, mas que encontrou seu porto seguro em São Paulo. Uma redatora que adotou a escrita como hobby. Amante de livros, gatos, Chico Buarque e apaixonada por redação. Enfim, uma pessoa comum, que gosta de escrever sobre coisas comuns. Mais do mesmo no Só Vim Pra Escrever, seu blog pessoal. @petitgabi