Recentemente li a notícia de que o jovem casal que, supostamente inspirou John Green a criar o romance que conta a história de Hazel e Augustus de A Culpa é das Estrelas, faleceu. Fiquei tão triste quanto quando li o livro e vi o filme porque, no fundo, apesar de ser um drama amoroso, é principalmente sobre duas pessoas muito jovens vivendo algo tão intenso em meio ao tratamento dessa doença tão horrível que é o câncer.
Confesso que quando fui assistir A Culpa é das Estrelas no cinema, eu já tinha me preparado psicologicamente para chorar. Eu chorei lendo o livro porque é realmente triste. Mas eu não chorei no cinema. Não consegui porque tinha tanta gente soluçando a minha volta que eu mal conseguia me concentrar no filme. Sério, eu ouvi mãe e filha fugando juntas atrás de mim seguido de “ahhh, isso é tão lindo!”.
Realmente é um filme bonito. O diretor Josh Boone conseguiu extrair de Shailene Woodley e Ansel Elgort o melhor dos personagens principais, com atuações cativantes e realmente emocionantes. A Hazel de Shailene é exatamente o que eu imaginava, teimosa, determinada, curiosa e claro, inclusive na aparência. Lembro que quando vi o pôster do filme até me emocionei. O Augustus é diferente fisicamente do descrito por Green, mas o ator conseguiu captar direitinho a essência do cara gente boa, divertido, inusitado e emotivo do personagem.
Título Original: The Fault in Our Stars
Título no Brasil: A Culpa é das Estrelas
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Romance / Drama
Duração: 126 min
Ano de Lançamento: 2014
Estreou no Brasil: 5 de junho de 2014
Direção: Josh Boone
Roteiro: Scott Neustadter e Michael H. Weber (baseado no romance homônimo de John Green)
Edição: Robb Sullivan
Estúdio: Fox 2000 Pictures
Distribuição: 20th Century Fox
Site Oficial: thefaultinourstarsmovie.com
O filme é uma bela mostra de dois jovens que juntos atravessam as dificuldades do câncer, os conflitos do primeiro amor e as dúvidas da adolescência, enquanto tentam não desanimar e desistir das próprias vidas. A adaptação tinha tudo pra ser um melodrama, mas é na verdade de uma leveza encantadora. Em alguns momentos, apesar das tristezas que a história em si despertam, os personagens conseguem arrancar risos e suspiros. Essa forma de tratar o câncer com certa leveza e não se baseando na autoridade, deixou a história mais focada na esperança do que na dor causada pela doença.
Hazel e Gus (apelido de Augustus) são personas consistentes e bem interpretados. Woodley e Elgort, dois jovens atores em ascensão, foram muito felizes na construção desses personagens que entraram para o hall dos inesquecíveis das adaptações para o cinema.
Alguns diálogos ficaram marcados, como “Alguns infinitos são maiores que outros”, “Ok? Ok!” e “Talvez ok venha ser o nosso para sempre”. Além de tudo, ainda tem uma trilha sonora delícia com Ed Sheeran, Jake Bugg, Birdy e muito mais.
Pra quem ainda não teve a chance de assistir e se emocionar com A Culpa é das Estrelas, é possível conferir no Netflix.