Ela é uma das mulheres mais bonitas do cinema internacional e chega para representar a Itália em nosso Especial “ATIVAR na Copa”. Com vocês, a eterna musa Sophia Loren!
Como a maioria dos artistas, Sofia Villani Scicolone, não nasceu uma estrela. A menina que até os 14 anos tinha o apelido de “palito” já foi considerada pela mãe como “a criança mais feia que eu já vi na minha vida”. A aparência desnutrida era advinda da infância e adolescência miserável, com pouquíssimos recursos, que levava na sua cidade natal, Puzzuoli, na Baía de Nápoles, Itália. A atriz chegou a dividir a casa dos avós com mais oito parentes. Uma situação realmente difícil, ainda mais por conta da Segunda Guerra Mundial que devastava a cidade.
Aos 15 anos, ela parece ter ficado bela do dia para a noite. Como se fosse uma rosa, desabrochando diante de um raio de sol. De repente, a menina frágil se transformou em uma voluptuosa mulher, que chamava atenção quando passeava pelas ruas. Após vencer 200 candidatas em um concurso de beleza e atrair a atenção dos agenciadores, ela e a mãe mudaram para Roma, para que a moça tentasse ganhar a vida como atriz.
Seu sonho era atuar ao lado de grandes astros como Cary Grant, Rita Hayworth e Gene Kelly. O primeiro trabalho no cinema foi como figurante em Quo Vadis (1950). Depois de quatro anos, no filme Aida (1954), de Fracassi, seu talento foi revelado ao público e ela passou a usar o nome Sophia Loren. Em seguida, recebeu um convite do diretor Vittoro de Sica, para atuar em O Ouro de Nápoles (1954), o que marcou o início de uma grande parceria e rendeu ótimos filmes.
A estreia de Loren em Hollywood foi no filme Orgulho e Paixão (1957), filmado em Paris e co-estrelado por Cary Grant e Frank Sinatra. Um sonho realizado para a moça que saiu da pequena Puzzuoli para brilhar no cinema internacional. Encantado pela beleza de Sophia, Grant disputou com o diretor Carlo Ponti a atenção da linda atriz. Mas apesar de ter uma admiração muito forte pelo ator, Loren acabou escolhendo Ponti, que era 22 anos mais velho e tinha “metade” da sua altura. Eles acabaram se casando e tiveram dois filhos, Carlo Jr. e Edoardo. Esse foi um dos casamentos mais duradouros entre famosos, já que o casal permaneceu junto por 50 anos, até o falecimento de Ponti, em 2007. Um fato realmente raro no mundo das celebridades. Segundo Loren, o segredo do seu casamento era manter uma vida discreta, apesar do status de celebridade. “Espetáculo é o que fazemos. Não o que somos”, disse a atriz.
Seu talento foi reconhecido pelo cinema americano em 1961, quando ganhou o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em Duas Mulheres (1960), de Vittoro de Sica. Pelo mesmo filme também recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes. A trama do longa Duas Mulheres remete de certa forma a infância sofrida de Sophia, onde ela faz o papel de uma mãe desesperada para tentar cuidar da filha durante a Segunda Guerra em Roma. Talvez essa semelhança com a própria vida tenha sido o combustível para sua grandiosa atuação, o que a transformou em uma celebridade aclamada pela crítica.
Nos anos 70 ela voltou para a Itália, onde dedicou-se aos filhos e passou a maior parte da década tornando os filmes italianos muito populares. Além de atriz, Sophia também tinha um bom tino comercial e começou a investir em outros empreendimentos. Em 1981, lançou sua própria marca de perfume e uma linha de óculos. Também publicou um livro, “Women & Beauty” em 1994.
Ao longo de sua carreira, Loren continuou atuando em filmes italianos, franceses e americanos, consolidando-se como uma grande atriz de sua geração. Algumas de suas mais notáveis performances são nos filmes Ontem, Hoje e Amanhã (1963), que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Matrimônio à Italiana (1964), pelo qual foi indicada novamente ao Oscar de Melhor Atriz e A Condessa de Hong Kong (1967), co-estrelado por Marlon Brando. Outros filmes populares Prêt-à-Porter (1994), Dois Velhos Mais Rabugentos (1995) e Nine (2009).
Apesar de não atuar com tanta frequência como antigamente, Loren continua ativa no cinema. Aparece frequentemente em público e recentemente foi homenageada em Cannes, quando lançou o filme de seu filho Edoardo Ponti, La Voce Umana, onde atua como a personagem Angela.
Sophia Loren é indiscutivelmente considerada uma das mulheres mais lindas do mundo, mesmo no auge de seus quase 80 anos. Em seus mais de 50 anos de carreira, figurou várias vezes na lista das mais belas e tendo sido eleita em 1999 pela Revista People como a mulher mais bela, sensual e talentosa dos últimos tempos.
* Agradecimento especial a Micro & Soft Informática pelo apoio na realização deste projeto especial.